Cida Medeiros entrevista Jean Nahas que fala sobre a Filosofia Huna.
Agora no Blogguer você assiste o programa na integra e manda seus cometarios:
http://cidamedeiros.blogspot.com/2007/04/filosofia-huna-com-jean-nahas.html
Vale a pena ver de novo!
Material oferecido pela Jean Nahas:
HUNA
Origem do povo havaiano Migrou do Pacífico Sul (Tahiti) para as ilhas do Havai por volta do ano 1000 A.C. Dominando técnicas de navegação que lhes permitiram singrar milhares de kilometros de mar aberto. Esse mesmo povo era originário do sudeste asiático de onde partiu talvez por volta do ano 4000 A.C.B.
Mana e a mitologia havaiana Não há uma religião formal havaiana. As crenças espirituais havaianas as quais se convencionou chamar de Ho´omana se baseavam numa visão de universo muito particular.
O cântico da criação dos havaianos, chamado Kumulipo, era a árvore genealógica dos reis havaianos e descreve como todo o universo manifestado foi criado por Oia´io (princípio/centelha Divina). Ele descreve o processo da criação como uma corrente /uma sequencia que vai dos elementos naturais, passando pelos seres menos complexos do mar até os homens (lembrando a cadeia evolutiva descrita por Darwin) chegando à linhagem dos reis.
O Kumulipo nos mostra que todo universo manifestado, todos os elementos, todos os seres criados fazem parte da mesma árvore genealógica, somos todos parentes, somos todos ligados.
Para parafrasear Carl Sagan: "Somos todos formados da mesma poeira de estrelas". Para os havaianos tudo e todos são compostos de e sustentados pela energia vital, chamada
MANA, que também é conhecida por qi (chi na China), ki (Japão), prana (India), sekhem (Egito). Dessa mitologia vem a ética e filosofia havaiana que enxerga que há vida em tudo - tudo está vivo e tem consciência. Outro corolário dessa filosofia é que não há separação/diferença entre nós e o universo à nossa volta.
Os KAHUNAS eram profissionais/experts em diversas áreas do conhecimento, não apenas sacerdotes, um kahuna poderia ser um engenheiro naval, um engenheiro civil, um médico, um agrônomo, etc. Agora, como havia vida em tudo, o kahuna engenheiro naval por exemplo rezava (empregava cânticos especiais) para perguntar para a floresta qual seria a melhor árvore para a fabricação de uma canoa e depois conversava com a árvore explicando o porquê ele precisava de sua madeira para fabricar a canoa. O observador ocidental via o kahuna então mais como um sacerdote do que como um expert em sua área.
Nascimento da Huna A Huna não é a religião ou crença espiritual havaiana que chamei anteriormente de Ho´omana. Ela é apenas inspirada nessas crenças espirituais. A Huna nasceu no fim do século XIX, portanto faz parte do movimento chamado Pensamento Novo (New Thought) que viu nascer a Teosofia (Helena Blavatsky, Charles Leadbeater) e o Espiritismo entre outras escolas de pensamento e não faz parte do movimento moderno da Nova Era que é do fim do século XX.
Tendo se mudado para o Havaí no início do século XX, o americano Max Freedom Long ouviu desde cedo estórias, sempre envoltas em mistério, sobre os kahunas havaianos e seus feitos surpreendentes: controle dos elementos, comunicações com os animais, curas milagrosas/instantâneas, caminhadas sobre lava vulcânica incandescente, etc.
Max e nenhum outro ocidental conseguia maiores informações a respeito dos kahunas e sua magia além de boatos falados sempre a meia voz, era tabu para o havaiano falar sobre isso com um ocidental. Intrigado, Max contatou o Dr. Brigham, famoso cientista botânico e curador do Museu Bishop de Honolulu para ver se alguém nas rodas ciêntificas locais tinha se interessado pelos kahunas.
O próprio Dr. Brigham, após conferir o conhecimento e o entendimento metafísico de Max repartiu com ele suas notas e relatos que documentou ao longo de seus 40 anos de estudo da magia dos kahunas. Contudo, Max não conseguiu conhecer pessoalmente um kahuna. Após seu retorno à costa oeste americana, Max teve um insight:
O segredo está codificado na própria lingua havaiana. Ele distilou/retirou o conhecimento metafísico havaiano do estudo da raíz das palavras havaianas e outras fontes como cãnticos ao longo de um extenso período de estudos.
Composição do Ser Humano completo O ser humano completo é trino, ou seja, é formado por 3 Eus ou mentes, dessa forma: Mente Subconsciente (Unihipili), que controla os movimentos involuntários do corpo (e.g., batimento cardíaco), controla as emoções e o armazenamento das memórias. É o subconsciente que se comunica com a Superconsciência. Mente Consciente (Uhane), a parte do homem que é capaz de articular o raciocínio e a fala, efetuar os movimentos voluntários, etc. Superconsciência (Aumakua), o divino em nós que se encontra no Plano Causal, de onde todo o universo à nossa volta é materializado.
Cada uma dessas mentes é impulsionada por 3 formas de força vital Mana Mana-mana (frequência dobrada pela força de vontade da mente consciente) Mana loa (frequencia ainda mais alta potencializada pela Superconsciência) Temos 3 corpos etéricos (corpos de luz), envoltórios de cada uma das 3 mentes Psicossoma Mentalsoma Corpo de luz da SuperconsciênciaTemos 1 corpo físico Ao todo são 10 elementos do ser Humano completo. E. Essência dos ensinamentos da Huna
O grande segredo da magia dos kahunas é a realização que não há separação entre o homem e o Universo, tudo é possível, não há limites. O universo à nossa volta (e.g., nossos relacionamentos, nossas posses, tudo o que nos acontece) é criado por nós mesmos em função de nossa memória subconsciente e nossos preconceitos. Por exemplo, em nossa sociedade riqueza que vem fácil é sinônimo de usura (abuso do próximo para obtenção de mais riqueza) ou seja riqueza virou pecado.
Essa crença/ esse preconceito, cria um bloqueio no sub-consciente e no relacionamento harmônico do Eu trino (mente sub-consciente, mente consciente e superconsciência) do indivíduo e ele não consegue cristalizar em sua vida o sucesso material e a abundância a menos que os obtenha à duras penas.
Normalmente, se não conseguimos criar uma situação almejada, relacionamentos felizes e edificantes, ou não conseguimos materializar algo objetivo (e.g., abundância) é porque nutrimos um bloqueio/preconceito ao nível sub-consciente.
O objetivo da Huna é entender os possíveis bloqueios, complexos e fixações registrados pela mente sub-consciente para eliminá-los e assim eliminar tudo que limita o Ser. Também procuramos trabalhar os elementos componentes do ser humano completo para harmonizá-los (e.g., sub-conscientemente uma pessoa pode não se sentir amada por ela mesma, falta de amor próprio, nesses casos ela pode sabotar seus próprios projetos como forma de revanche).
A Huna nos faz abrir os olhos e enxergar que não somos vítimas de absolutamente nada, mas que de fato nós criamos o Universo à nossa volta. Com isso fica claro que nosso é o objetivo do auto-conhecimento e da transformação profunda para retirar bloqueios e fixações registrados em nossa mente sub-consciente eliminado assim esses limites.
Um pensamento do Dr. Wayne Dyer que está bem alinhado com a psico-filosofia da Huna é mais ou menos assim: No Universo, nada é por acaso ou acidental, tudo acontece no espaço e tempo que tinham que acontecer. Você criou o evento, não se lamente, pare e acalme-se, pense o porquê desse evento e o quê de edificante ele traz a você e aos seus. Dependendo da maneira na qual você enxerga as coisas, as coisas que você enxerga mudam.
Pesquisador e Praticante de Huna – Jean-François - Nova York
http://www.geocities.com/alohabrooklyn/index.html