A cruz que cada um carrega, é uma expressão popular que representa o sofrimento ou acarga de
compromisso que cada um possui diante do seu carma pessoal. Significa que cada um de nós
deve vestir-se com sua coroa de dignidade e levar adiante sua cruz, sendo ela pesada ou leve.
Representa o fardo que cada um carrega.
Numa perspectiva mais ampla, seria o esgotamento de ações do passado próximo ou
muito antigo, a fim, de alcançar uma maior consciência e uma maior compreensão de vida.
Com isso, cada um veste sua cruz pessoal e participa de uma cruz coletiva. As vezes
acontecimentos sociais, catastróficos nos paralisam e chocam devido a violência e a crueldade
que o ser humano é capaz de chegar.
Tomemos por exemplo os últimos noticiários da TV, com barbárie de violência e crime que beiram
a uma sandice social.
Difícil não se sentir tocado e amargurado com acontecimentos que roubam da infância a inocência
e perturbam o senso de harmonia social. Vejamos o caso dessa criança, recentemente morta,
de forma violenta, arrastada por kilometros de distância, de baixo dos olhares atonitos e do
sofrimento e da impotência de sua mãe. Um crime bárbaro.
Com isso, enxergamos a dura realidade, nos deparamos com um acontecimento que roubam
de nós a esperança e chega a enfraquecer o nosso espírito, tamanha tristeza e agonia, e
percebemos a nossa impotências social.
E vemos então as diferentes cruzes, que cada um carrega, apontando as diferenças sociais,
econômicas, políticas e de classes sociais, compondo assim a grande Cruz Coletiva.
Mas a origem das diferentes cruzes está em nossas mentes, pois é dela que tudo emana.
Mesmo atonitos e perplexos, devemos tornar isso tudo mais agradável, emanado a paz,
a propósito da dor que sentimos e que sofremos pelo estado caótico em que vive o mundo.
Esse é um dos desafios que enfrentamos numa sociedade desigual e injusta.
A alquimia mental, nos fornece elementos para transmutar o nosso estado de espírito com
objetivo de tornarmos pedaços de paz. E com isso, criar um estado de paz interior, que
se somara a todos os espíritos de boa vontade que possam vibrar uma nova consciência
planetária. Oxalá, nós abençoe, para caminhar dentro da luz, apesar dos pesares.
A grande sabedoria, herdada por nossos antepassados sábios, nos ensina que para
modificarmos o mundo, devemos antes de mais nada, modificar a nós mesmos,
fazendo nossa alquimia mental e compreender o que somos e o que pensamos.
Com isso, vibramos mais amor, mais paz, mais harmonia e espalhamos a semente
no solo fértil, que brotará e germinará em ações auto-conscientes.
Então, mesmo com o coração partido, caminhando na estrada da paz, e enfrentando
a guerra dos que se opõem ao nosso caminho, devemos nos lembrar que o Ser Humano é
uma manifestação de atributos do Ser Cósmico, ou Deus, ou O Eu Superior, Oxalá, Obatalá,
como queira, e logo, ter a consciência que o ser humano não é importante em si mesmo,
por si mesmo e para si mesmo, mas sim no cumprimento de sua função divina em
sociedade, na busca pela manifestação dessa ação consciente em nome da Paz,
buscando a meta maior rumo a Paz Mundial!
Cida Medeiros