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Paradoxo da Atualidade

Gostei desse texto e resolvi publicar aqui no meu Blog. Hoje percebo que as pessoas de modo geral estão perdendo a conexão com sua própria natureza interior.
Tem pouca resistência para lidar com conflitos, não conseguem sustentar o processo natural da superação de uma dor emocional sem medicação, tem pouca pré-disposição para criar vínculos sólidos e amorosos, pouca disposição de resolver conflitos e por aí vai.
As pessoas viraram peças de Guarda Roupa, também saem de moda ou são substituídas com facilidade por um modelo mais atual.
Um completo vazio de valores fundamentais para uma nova Consciência. Um empobrecimento de critérios de sustentabilidade e uma falta de amor a vida humana e de responsabilidade social.
Enfim, um empobrecimento geral de valores humanos, muita teoria e pouca prática efetiva de mudança de consciência e implantação de uma nova consciência humanitária.
Pouco comprometimento com o bem estar e com a responsabilidade do papel que cada um possui e suas atribuições efetivas, entre direitos e deveres e a consciência do coletivo..
Um bom texto para reflexão.
Cida Medeiros

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO
O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.


Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina, mas menos saúde.


Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente oramos.


Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.


Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos. Escrevemos mais, mas aprendemos menos. Planejamos mais, mas realizamos menos.


Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comida, mas menos apaziguamento. Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.


Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição. São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais belas, mas lares quebrados.
São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del.
(Autor desconhecido)

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