Como reconhecer o que ainda nos amarra?
E o que é realmente ser livre?
Dizem que o diabo andava passeando com um amigo quando viu um homem à sua frente abaixar-se para apanhar algo brilhante que faiscava em seu caminho.
O homem pôs aquela estrela luminosa em suas mãos, admirou-a por um bom tempo e a colocou junto ao peito.
O amigo do diabo, curiosíssimo, cochichou baixinho no ouvido de Satanás: Nossa!!! O que é que é aquilo!?!
Que coisa mais linda e brilhante aquele sujeito pegou do chão!
O diabo, experiente, respondeu:
Aquele homem acabou de encontrar a liberdade ao colocar a luz da verdade em seu coração...
Então o amigo do diabo exclamou: Xiiii, mas isso deve ser um péssimo negócio para você!
Como vai poder obscurecer a verdade e aprisionar novamente o homem às suas intenções?!?
O diabo arqueou as sobrancelhas, deu um sorriso malicioso e disse: Fácil. É só organizá-la em crenças, sistemas e instituições...
Quem gostava de contar essa historinha foi um dos homens mais livres que a humanidade talvez já tenha conhecido:
o escritor e líder espiritual indiano Jiddhu Krishnamurti (1895-1986). Krishnamurti, como tantos outros que encontram o brilho da verdade e se tornam realmente livres,
pode nos ajudar a enxergar nossos grilhões e nos ensinar como abandonar o peso de muitas correntes que atrapalham nossa caminhada.
Os caminhos são muitos. Com liberdade, você pode escolhê-los entre as mais variadas opções.
Mas o que importa saber se o que sustenta suas crenças é a força do Divino ou se é o medo.
Um escraviza e aprisiona, outro liberta...
Cida Medeiros
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