Ao Entardecer sinto sempre saudades do Alvorecer.
No Alvorecer sinto sempre saudades do Entardecer.
O Passado e o Futuro.
Minha mente se prende as memórias.
Do que foi ou do que será.
Eu abro uma porta dentro de mim.
Passo por entre lembranças.
Caminho por dentro de estações.
Onde esta você?
Onde esta você?
Sinto a dor.
Do que não deu certo.
Do que não se realizou.
Do desencontro.
Como a dor é insuportável à transformo em versos.
E me lembro da esperança.
Sei que ela está em algum lugar.
Vou caminhando.
Quero encontrar.
Mas a esperança, já me disseram, vem do Sol.
Mas é noite.
É noite dentro de mim.
Só me resta esperar.
O Sol nascer.
O Sol nascer.
Acender a chama em meu coração.
E então continuar.
Silenciar.
Algo me diz que posso continuar caminhando
mesmo dentro da noite.
Vou andando dentro de mim.
Até deparar-me com o Ser.
O Ser é como uma fonte.
Não tenho dúvidas.
Mergulho.
E então...
Nem passado, nem presente.
Me sinto na presença.
No silêncio.
Tudo acalma.
Serena.
A vida pulsa dentro.
Acorda.
Desperta.
Enfim, livre...
Cida Medeiros
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