Por que Eles Subiram e Eu Não?

"Um turista ocidental estava na Índia em um dia dedicado à peregrinação ao topo de uma montanha sagrada. Milhares de pessoas se preparavam para a íngreme subida. O ocidental, acostumado a exercícios físicos e julgando-se em boa forma, decidiu participar da experiência. Vinte minutos depois, completamente sem fôlego e quase incapaz de dar mais alguns passos, viu mulheres carregando bebês e frágeis velhinhos apoiados em bastões passarem por ele.

"Não consigo compreender", disse ele a um amigo indiano, "como é que essas pessoas conseguem e eu não?".

O amigo respondeu: "É porque você tem o hábito tipicamente ocidental de ver tudo como um teste. Você encara a montanha como um inimigo e se dispõe a derrotá-la; a montanha, naturalmente, também luta e é muito mais forte do que você. Nós não vemos a montanha como um inimigo a vencer. Nosso objetivo é a unidade com a montanha e, assim, ela nos levanta e nos carrega pelo caminho".

Extraído e adaptado do livro "Quando tudo não é o bastante" de Harold Kushner.

Essa história me fez pensar sobre como encaramos os desafios da vida. Será que os vemos como inimigos a serem derrotados, ou como oportunidades de conexão e aprendizado?

A cultura ocidental muitas vezes nos incentiva a competir, a lutar, a vencer. Mas será que essa é sempre a melhor abordagem? Será que, ao invés de lutarmos contra os obstáculos, não poderíamos nos unir a eles, buscando a harmonia e a compreensão?

Convido você a refletir sobre essa história e a pensar em como você tem encarado os desafios da sua vida. Será que você está lutando contra a montanha, ou caminhando em unidade com ela?

Que tal experimentarmos uma nova perspectiva, buscando a conexão e a harmonia em vez da competição e da luta? Talvez, assim, possamos encontrar um caminho mais leve e significativo para alcançar nossos objetivos."

Cida Medeiros