É importante notar que se a pessoa não se sente preparada para receber e nem
dar afeto e tão pouco se sente a vontade com o toque amoroso e aproximação física que não esteja condicionada a uma relação amorosa de natureza intima e sexual, pode estar com dificuldades de se expressar mais plenamente em seus relacionamentos próximos e de estabelecer vínculos saudáveis e mais plenos em qualidade afetiva.
Casais, que não conseguem realizar trocas afetivas que possam ir além da intimidade sexual, podem sofrer de uma carência crônica de afeto e criar distorções na intimidade e na relação.
Poderíamos chamar isso de economia de afeto, produzindo miséria afetiva.
Relações pouco nutridas e que produzem um vazio interior e afetam a capacidade da pessoa se sentir amada e de amar de forma plena, consciente e amorosa.
Poderíamos dizer que existem pouco amor incondicional. De acordo com o relato feito através das experiências dentro da Neurociência, podemos concluir que algumas áreas do cérebro ficam pouco estimuladas e regiões do corpo também.
Parte disso, sabemos ser Cultural, mas muito dessa dificuldade, tem origem em traumas de infância, que gera dificuldades de expressão amorosa em seu meio, somando-se ao fato da falta de ambiente e das condições que favoreçam a abertura dessa expressão.
Mas, é preciso falar sobre isso, trazer a consciência, procurar uma terapia ou grupos de apoio, que trabalhem essa questão de maneira saudável. Buscar o Auto-conhe cimento.
Como uma busca pela superação de dores emocionais, depressões, vazios, carência, traumas, sofrimentos e dificuldades de relacionamento.
Algo para ser aprofundado nas raízes dessa deficiência afetiva e criar um novo movimento de liberação de crenças e bloqueios, para permitir que a vida, possa fluir numa maior qualidade e o "Ser Divino" possa manifestar.
A semelhança das aguas puras e cristalinas em um lago natural e preservado em suas origens. Isto é, deixar expressar a essência amorosa e nutridora em todas as relações saudáveis que forem possíveis serem despertadas.
É um convite a reflexão.
O corpo é a expressão da saúde da mente e da qualidade da vida espiritual.
A pessoa que consegue ser amorosa e amiga, expressando isso, através do toque, do carinho, do amor cuidadoso e com a qualidade do Ser Divino, respeitando os limites de cada um, mais sendo natural e espontânea, e porque já consegui purificar muito dos condicionamentos sociais, os julgamentos e preconceitos. É livre. Ganha asas e pode voar mais longe.
Pesquisas revelam o beneficio do toque com carinho para aliviar dores e sofrimentos é o que diz o estudo realizado na área de Neurociência.
Segue o texto, que relata a pesquisa realizada, sobre os benefícios do toque com carinho.
Cida Medeiros
Psicoterapeuta Holistica com Enfoque Transpessoal.
Caminhante do CIT - Colégio Internacional dos Terapeutas
Assistente do Campo DEP - Dinâmica Energética do Psiquismo.
Terapeuta Floral.
Nessa questão de afeto, 'Carinho' pode aliviar a dor, diz pesquisa
Toque carinhoso ativa fibras nervosas e diminui sensação de dor.
- Um toque carinhoso pode ajudar a aliviar a dor, ajudar crianças em
seu desenvolvimento e auxiliar em tratamentos para depressão, segundo
uma pesquisa apresentada nesta semana no Festival de Ciências da
Associação Britânica para o Avanço da Ciência, em Liverpool.
Segundo o neurocientista Francis McGlone, da Universidade de
Liverpool, um sistema de fibras nervosas presentes na pele responde a
toques carinhosos, do mesmo modo que os receptores de dor, e quando
estimulado, pode, inclusive, diminuir a atividade nos nervos que
transportam a sensação de dor.
O cientista e seus colegas das universidades de Uppsala e Gotemburgo,
na Suécia, explicam que há três tipos principais de fibras nervosas
na camada exterior da pele. Eles são divididos de acordo com a
velocidade com que conduzem - como um fio - as atividades
bioelétricas para o cérebro.
Dois desses tipos são chamados de fibras A, e são cobertos por uma
camada de gordura (mielina) que atua como um isolamento em volta do
fio e contribui para a alta velocidade de condução.
Mas o terceiro tipo, chamado de fibras C, não tem a camada de mielina
e tem velocidade mais lenta. As fibras A são responsáveis pelo sinal
quase instantâneo, que provoca uma reação por reflexo antes mesmo que
o cérebro possa identificar o que houve.
As fibras C, da chamada "segunda dor", são as que levam a sensação da
dor mais profunda e duradoura ao cérebro.
Os cientistas descobriram que também há fibras do tipo C que
respondem a estímulos de prazer. E quando elas são estimuladas, a
atividade nas fibras condutoras de dor diminui.
Sensibilidade
Segundo a pesquisa, assim como com a dor, algumas partes do corpo são
mais sensíveis ao toque do que outras, e a sensação de prazer
proporcionada é diferente da obtida quando o carinho é aplicado a
áreas sexuais.
Essas fibras levariam o sinal de prazer para a região do cérebro
responsável por "recompensas" , e explicaria ainda por que as pessoas
gostam de passar cremes, escovar os cabelos e até porque um abraço,
ou mesmo a mão no ombro podem ser mais eficientes, no alívio da dor,
do que palavras.
Para isolar os nervos responsáveis pelo prazer, os cientistas
construíram um "estimulador de tato rotativo" - uma máquina de
acariciar voluntários.
"Nós construímos um equipamento muito sofisticado, então, o estímulo
(do tato) pode ser repetido bastante", disse McGone.
"Nós acariciamos a pele (do antebraço, da canela e do rosto) com um
pincel em diferentes velocidades e depois pedimos aos voluntários que
dissessem o quanto gostaram de cada movimento."
Ele também inseriu microeletrodos nos nervos da pele, para registrar
os sinais nervosos enviados da pele para o cérebro.
Os cientistas concluíram que o carinho apontado como o mais prazeroso
era também o que provocava maior resposta nervosa.
Nova dimensão
Os cientistas afirmam que as únicas regiões que não contam com essas
fibras são as a palma da mão e a sola do pé, caso contrário, seria
difícil o uso de ferramentas, ou mesmo uma caminhada.
A sensação de prazer acrescenta uma quarta dimensão aos sentidos
clássicos atribuídos à pele, que incluem o toque, a sensação de
temperatura (frio ou quente) e a dor/coceira.
A equipe agora quer estudar uma série de condições clínicas, como
depressão e autismo, que sabidamente têm ligações com o tato - a
maioria das crianças autistas não gosta de ser abraçada ou
acariciada, e muitos pacientes de depressão demonstram sinais claros
de falta de cuidado com o corpo.
Os cientistas acreditam até que a depressão possa ter origem em
carência de cuidado maternal e experiências ainda na infância de
falta de carinho físico e sugerem que o carinho pode ser usada para
tratar dores crônicas. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É
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Fonte:www.estadao. com.br/
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