Um momento de encontro com meu "Arquétipo do Xamâ".
O Xamanismo é um encontro profundo com as forças da natureza. É um saber comunicar-se com outros reinos que se dá a partir de uma iniciação interna direta ou de outras externas, com auxilio de uma xamã experiente.
Sua vida nunca mais é a mesma.
E você ouvir o som da mata e saber se comunicar com o "Espírito da Natureza", é saber onde se encontra o guardião de um caminho e com ele obter permissão para entrar num reino com toda a proteção necessária.
Eles sabem como fazer e desfazer magias, encantamentos, bruxarias, sortilejos e maldições. E eu precisei aprender sobre tudo isso. Sobre os encantos da natureza.
E uma dialogo entre "reinos", seres, espíritos, elementais, orixás, guias e muito alem....
E reverenciar todos os planos de consciência, com cuidado, entrar na dimensão do sagrado, e comungar o espírito divino em todas as formas de consciência, rendendo-se a humilde percepção do que somos e do poder que está além de nós.
Ser Xamã é você aprender a se curvar humildemente diante de um força desconhecida, e reconhecer com humildade o poder que existe naquele plano de existência, afim de poder obter sua própria libertação ou então negociar a libertação de outro.
E contar com os quatros elementos, por saber que neles habita o espírito do Ar, da Terra, da Água e do Fogo, e saber que seus guardiões, são auxiliares invisíveis para um trabalho de cura.
São os co-criadores, junto com os Elohins e na hierarquia Divina, os Arcanjos.
E quando se trata de efetivamente operar no Campo Astral, os elementais e as forças naturais junto com os nossos "Espiritos Protetores", fazem uma grande diferença, entre a teoria e a prática.
Eu pratico um xamanismo, sem proselitismo religioso.
Sempre me recolho na natureza, e recebo orientações especificas para resolver uma dada situação, ou apenas para repor minhas energias e reservar mana em meus corpos, também conhecido como "Kino Aka" pelos Guardiões kahunas.
Eu não me tornei Xamã por que quiz, eu fui escolhida pelos espíritos, e todas as experiências de iniciação que tive foram além da minha vontade. Apenas fui conduzida por circunstâncias ao encontro de "Xamãs" que me iniciaram a partir de experiências espirituais nesse universo e outras iniciações a partir de meu próprio guia espiritual.
Se hoje, conto com "espiritos auxiliares", e um conhecimento profundo da magia e de inúmeros portais, e porque, passei pela experiência e fui em busca de saberes, para entender os diversos fenomenos que me ocorriam.
Morri e renasci inúmeras vezes, e por vezes, cheguei a perder a noção de mim mesma, face ao aprisionamento de partes da minha "alma" e do meu elemental, em dimensões, que me fizeram conhecer a face oculta Deus.
Entrei em viagens, que só pude compreender a extensão do ocorrido depois de muito tempo.
Enfrentei inúmeros espíritos hostis, que representavam o lado oculto de mim mesma, e de supostos inimigos que queriam vingar-se de um passado longiquo, que exigiram de mim, muito, mas muito mesmo, até serem integrados em minha consciência, pude resgatar minha "sanidade" em forma de compreensão e de integridade.
Busquei a religião de matrizes africanas e brasileiras, mergulhei profundo nessas experiências, e pude descobrir a magia e o encanto de cada uma delas.
Nos rituais com Plantas Sagradas, abri um campo de percepção com realidades que jamais poderia supor existir.
Foi muito sofrido passar pelo meu despertar espiritual, foi um caminho inacreditável, mas hoje, já posso ficar em paz, com todos eles.
Foi por muito tempo dificil negociar com muitos que queriam habitar meu corpo e dominar minha vida e fazer de mim um instrumento para que eles trabalhassem como quissessem. Não permiti, afinal, também sou um espirito em evolução, meu corpo é sagrado, é o instrumento do Divino que há em mim, foi dificil fazer entender a muito deles que eu sou uma "Consciência em Ação", portanto, nasci, cresci, e desejo servir de outra forma. Foram alguns anos de negociação e de muito trabalho interno, para poder hoje, trabalhar de uma forma, silenciosa, harmonica e inteira.
Hoje só permito alguns estados em ocasiões especiais para trabalhos junto a natureza.
De outra forma, qualquer contato, se faz, por estado expandido de consciência, sem plantas de poder, ou qualquer cerimonia ritual, apenas o contato direto, quando necessário.
E posso meditar.
Transcender todos os planos de consciência e ir para a não-dualidade, praticando o vedanta. E alcançar uma paz profunda. Um lugar dentro de mim mesma, onde eu me encontro na Presença, alinhada com o Ser Essencial.
E em algum momento a noção de "Eu" se dissolve e uma especie de expansão de conciencia se dá, onde as palavras não conseguem conter o inefável.
Não há palavras.
É, apenas isso.
Posso considerar tudo isso, uma grande vitória pessoal. Pois posso transitar por todos esses níveis de consciência e ainda alcançar a totalidade da não dualidade, proposta pelo hinduismo, através do Vedanta, especialmente o Advaita.
Cida Medeiros
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