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O Desafio Essencial



Existem doze sinais por meio dos quais podemos reconhecer os que servem à Hierarquia.

1 – O primeiro sinal é a nobreza.

Quem serve à Hierarquia é nobre em seus pensamentos, palavras e ações.
É nobre em todos os seus relacionamentos.
Obtemos nobreza quando vivemos segundo as regras e os princípios da Hierarquia, quando vivemos na presença do “Olho Vigilante”.

Uma pessoa nobre é solene, serena, auto-controlada, precisa, sábia e muito educada.

Quando encontramos uma pessoa nobre, sabemos que está aqui, na Terra, para trazer beleza, bondade, verdade, alegria e liberdade.

2 – O segundo sinal  é o esforço na procura da perfeição.

Evidencia um trabalho em andamento para aperfeiçoar sua personalidade, sua criatividade, os relacionamentos e o conhecimento.
Tenta continuamente melhorar seu estado de consciência.
Ninguém que sirva à Hierarquia é preguiçoso.
É tudo ritmo.
É como uma corrente: está ritmicamente ativo.

3 – O terceiro sinal é sua atitude progressista.

Pensa para o futuro.
Planifica para o futuro, sem ignorar as circunstâncias passadas e as presentes.
A visão do futuro o inspira para que planifique, decida e organize.
Não está apegado a atitudes passadas.
Não ignora os valores passados, mas procura sempre novos modos e meios para introduzir mais luz e amor e melhores relacionamentos em todos os âmbitos de atuação humana.

Vive com o pensamento nos novos tempos.

Não repete antigos hábitos, condutas e atitudes. Trata de criar algo novo que se adapte melhor à sua visão do futuro.

Pode ser encontrado em qualquer campo, e nesse se eleva como o chamado do futuro.
Exerce pressão moral sobre seu meio ambiente.
Não força os demais, mas sua presença faz com que trabalhem e tratem de avançar para o futuro.

4 – O quarto sinal de quem serve à Hierarquia é a inclusividade.

Não é separatista.
Não nos referimos somente à discriminação racial.
Uma pessoa inclusiva não só respeita a existência dos demais como também está aberta a novas idéias, novas visões e novo conhecimento, igualmente a novas maneiras de fazer as coisas, que se adéquem melhor às metas.

Não está cristalizada em suas crenças e tradições.
Enfoca respeitosamente todas as tradições e opiniões, o mesmo para o trabalho, a cultura e as tradições dos demais, e vê beleza, significado, futuro e utilidade neles.
A Hierarquia defende a todos, a todas as sendas de investigação, a toda experiência genuína.
Todo conhecimento, em qualquer campo, é precioso para quem serve à Hierarquia.

A Hierarquia advoga pela inclusividade.
Quem serve à Hierarquia é como uma galinha que reúne os pintinhos debaixo de suas asas.
Cada nação tem sua bela cultura.
Quem serve à Hierarquia respeita todas as culturas. Não somente as respeita como também tenta compreendê-las, amá-las e desfrutá-las.

A inclusividade é o esforço progressista para brindar unidade e síntese.

5 – O quinto sinal de quem serve à Hierarquia é a criatividade.

Criatividade em tudo: idéias, pensamentos, palavras, atitudes, artes, negócios e no lar.

Em todos esses âmbitos e em outros, quem serve à Hierarquia manifesta
criatividade.

Criatividade significa construir os modos e os meios que possam satisfazer as crescentes necessidades da humanidade.

Que possam expandir o sentido de beleza da humanidade.
Essas pessoas não se contentam com o que são e com o que podem fazer. Avançam continuamente e procuram novas ideias, visões, inspirações, impressões e revelações.

Tentam concretizar essas coisas em formas, actividades e relacionamentos novos para satisfazer as crescentes necessidades da humanidade e oferecer uma visão nova para a consciência humana em expansão.

6 – O sexto sinal de quem serve à Hierarquia é a honestidade.

Sem honestidade não podemos conduzir, inspirar, criar confiança ou irradiar luz.

Qualquer ação para explorar os seres humanos com ideias, propósitos ou atitudes cria horríveis consequências e enterra a causa.

Ninguém pode denominar-se servidor da Hierarquia se não se graduou em honestidade na Escola da Vida.

Um servidor da Hierarquia é honesto nas influências sobre os demais.

Essa pessoa é honesta, não porque os outros sejam honestos ou desonestos, e sim porque sua natureza é sê-lo.

A honestidade impõe harmonia e ritmo, e faz com que a Hierarquia influencie os âmbitos nos quais as pessoas honestas moram.

7 – O sétimo sinal é estar livre de preconceito.

Quem serve à Hierarquia não tem a mente controlada pelo que as pessoas são, fazem ou dizem.

Tem sua própria luz e funciona nela.

Os pensamentos, palavras, acções e conduta dos demais não velam sua luz. Não permite que os demais o condicionem, pois não reage segundo as expectativas deles.

Manifesta beleza, bondade, alegria e liberdade sem ser condicionado pelos que tentam lhe impor suas normas e estados de ânimo.

Em sentido mais profundo, estar livre de preconceito significa estar livre para atuar sob a luz da beleza, da bondade, da justiça, da alegria e da inclusividade. Quem está livre de preconceito não prejudica a quem tenta lhe prejudicar, e sim o cuida mais.

Tenta encontrar algum caminho para que este se ilumine, para que expanda sua consciência e tenta ajudá-lo para que se liberte das suas limitações.

Isso é parte de seu serviço.

8 – O oitavo sinal  é estar livre de vaidade e ego.

Esses dois vícios andam juntos.

Toda pessoa egoísta está cheia de vaidade.

Em realidade, o ego é formado por imagens de vaidade.

Quem serve à Hierarquia está livre de vaidade.

Conhece-se exatamente como é.

Sabe exatamente o que tem ou o que não tem.

Sabe exatamente o que pode fazer e o que não pode.

O ego põe medidas falsas ante teus olhos e na tua mente.

Quem serve à Hierarquia serve aos demais e trata de salvá-los e elevá-los.

Trata de fazer com que a gente volte a si.

Nada o pode derrotar com obras próprias da obscuridade.

Não poderá ser derrotado porque isso só pode ser feito quando existe vaidade e ego.

9 – O nono sinal de quem serve à Hierarquia é a retidão.

A retidão é a substância com a que está constituído um servidor da Hierarquia.

As pessoas pensam que a retidão é uma virtude que se aprende na infância, mas a verdadeira origem radica nas normas impressas em nossa Alma nos Mundos Sutis.

A assimilação dos valores verdadeiros nos Mundos Sutis floresce como retidão nas encarnações terrenas.

Não é fácil ensinar a alguém ser recto, mas quando tem experiência nos valores verdadeiros, é naturalmente recto.

Os servidores da Hierarquia são rectos em todos os seus pensamentos, expressões e relacionamentos porque conhecem a Lei de Carma e conhecem os princípios que dominam nos Mundos Sutis.

Os Grandes não se auto-promovem.

São reconhecidos pelos frutos.

Os componentes da Hierarquia não pensam sobre eles mesmos como corpos, formas ou personalidades.

Pensam sobre eles mesmos como ideias, direcções, correntes de energia, virtudes ou luzes.

As pessoas os denominam com muitos nomes.

Mas eles não são nomes, quadros ou imagens.

São princípios, fontes de beleza e guia, e visões do futuro.

Nos seus estados reais, são como sinfonias, flechas de energia, pontes entre
mundos, arco-íris entre margens.

Se os limitamos em formas humanas e os convertemos apenas em imagens da debilidade humana, ou os tornamos tão abstratos que a imaginação humana não pode concebê-los, trabalhamos contra a obra que eles tentam realizar: construir uma ponte entre o que o homem é agora e o que pode vir a ser no futuro.

10 – O décimo sinal  é a fidelidade à causa humana.

Um servidor da Hierarquia tenta unir a humanidade e protegê-la de serpentes e coiotes.
Cuida da sobrevivência da humanidade e sua perfeição futura.
Cuida o planeta para que ele esteja sadio, para poder nutrir seus filhos.
Sofre com os que sofrem nas mãos dos poderosos.
Tenta inspirar neles o espírito da liberdade e a libertação.
Para ele, não existe causa superior à causa da humanidade, e pode subordinar todos os seus interesses ao interesse mundial.

Tais pessoas são extraordinárias.

Podemos descobrir como aumenta seu número por todos os lugares.

11 – O décimo primeiro sinal  é o sacrifício e o heroísmo.

No trabalho mais insignificante, quem serve à Hierarquia evidencia espírito
abnegado, e em época de crise irradia espírito heroico.

Evidencia coragem, intrepidez e audácia.

Sacrifica seu tempo, seu dinheiro, suas propriedades e até sua vida se for
necessário.

Vive uma vida perigosa, mas não é tolo.

Não é descuidado.

É cauto e extremamente cumpridor das normas.

Sabe que a vida é perigosa, e também sabe que a senda mais curta e rápida é
também a mais perigosa.

12 – O décimo segundo sinal  é a bondade ou a boa-vontade.

Um servidor da Hierarquia deseja o bem para todos, até para aqueles que não podem viver segundo suas normas.

Pensa bem, fala bem e atua em favor do bem, sem discriminação, porque sabe que tendo completa boa-vontade, transmite a vontade de quem governa o universo.

Todo discípulo verdadeiro é um servidor da Hierarquia.

A Hierarquia é uma fonte de bondade.

Tudo o que tenta fazer é ensinar que sejamos bons, que expressemos boa-vontade, e jamais quebrantemos esse princípio com nossos pensamentos, palavras e ações.

É dito que aqueles que chegaram a ser Mestres são os que, durante milhares de anos, não caíram nas armadilhas da má intenção, da difamação e da traição.

A existência de tais vícios em qualquer ser humano revela de imediato que não é um trabalhador da Hierarquia, não importando com que roupa ou posição se apresente.

A bondade é a base da vida de um trabalhador da Hierarquia.

Quando encontramos essas pessoas, nos sentimos seguros, protegidos e abençoados.

Fonte: El discípulo: su desafío esencial
Torkom Saraydarian, Buenos Aires, Kier, 1991
Texto extraído e adaptado pela Equipa de Carina Greco
http://arautodofuturo.wordpress.com

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